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quinta-feira, 30 de junho de 2011

The Book of Pleasur - Austin Osman Spare

Alguns louvam a idéia da Fé.

Acreditar que são Deuses(ou algo mais) os faria tal- provando por tudo o que fazem, estarem plenos de não-crença. Melhor é admitir incapacidade ou insignificância, do que reforçá-la através da fé; visto que o superficial "proteje" mas não muda o vital. Portanto rejeite o primeiro pelo último. Sua fórmula é decepção e eles estao enganados, a negação de seu propósito. Fé é recusa , ou a metáfora da Estupidez, daí ela sempre falhar.

Para tornar sua escravidão mais segura, os Governantes empurram as religiões pela garganta de seus escravos, e sempre da certo; aqueles que escapam são pouco. Portanto sua glória é maior.

Quando a fé acaba, o "Eu" permanecerá sã.

Outros menos tolos, obscurecem a mente com a idéia de que Deus é uma concepção deles mesmos,e como tal sujeito a lei.

Entao, esta ambição de fé, será tão desejável ?

Eu próprio, ainda não vi um homem que não seja Deus.

domingo, 26 de junho de 2011

Charuto e Estados Alterados de Consciência

O CHARUTO

As observações atualmente realizadas dentro de uma cultura indígena que pratica o xamanismo baseado no tabaco como um dos veículos da experiência estática, visionária e adivinhatória - e também como uma arma
mágica e meio terapêutico - nos fazem ver que o mito e o ritual recobrem uma realidade que se grava em todas as células do corpo do experimentador e que a grande abertura do espírito é acompanhada da aquisição progressiva de
faculdades "paranormais", ou poderes mágicos. Tomemos como exemplos os índios Warao do delta do Orenoco, na Venezuela, que fumam charutos de 50 a 75 cm de comprimento. O invólucro, feito de epiderme do caule da palmeira manacá contém, firmemente enrolados, várias folhas de tabaco preto aspergidas da resina perfumada do cucuray ou árvore shiburu. Não é raro misturar-se grãos de incenso ao tabaco.
No Brasil, nas sessões umbandísticas utilizam-se charutos como propriciador de estados adivinhatórios. Como acontece quando do consumo ritual de outras
substâncias de efeito psicoativo, o êxtase xamânico é a resultante, por um lado, da ação conjugada da ascese e da planta e, por outro, da programação cultural comunicada pelo ensinamento tradicional. A iniciação representa a
finalização de uma profunda relação de mestre para discípulo. Ao fim de uma longa instrução por um xamã experimentado, o neófito empreende o jejum decisivo: canta os cantos, que seu mestre lhe ensinou e, chegado o momento, fuma o charuto que este lhe estende - os próximos, ele próprio os enrolará.

Então, em estado de êxtase, o neófito aprende a subir ao zênite e, de lá, a caminhar ao longo de uma das rotas do arco-íres que conduzem à extremidade do cosmos (um dos pontos cardeais). Depois, num dos maciços de montanhas
mágicas, que sustentam, como quatro pilares, a abóboda celeste, reencontra seu espírito aliado - e a casa de fumaça preparada para ele, por toda a eternidade... Daí por diante, sua vida será dupla: neste mundo, e do "outro lado" da realidade, sobre uma vertente visionária que não é menos real que esta, e representa, ao mesmo tempo, a essência do espírito do seu povo e uma fonte inesgotável de energia mágica pessoal.

Tabaco estados alterados de consciência

O Tabaco é uma planta da família das solanáceas, de caule reto e folhas largas. O seu princípio ativo é um alcalóide, C-10, H-14, N-2 , a nicotina.
Existem mais de dez espécies de tabaco. A Nicotiana Rustica era a mais difundida ao Novo Mundo na época da Conquista. Em todos os continentes, os índios consideram o Tabaco como uma das mais importantes entre as plantas
mágicas e medicinais. Planta Sagrada, cujo uso também é ritual. "O ato de fumar lembra ao homem sua origem e celebra a unidade do cosmo harmonizando a Terra e o Céu." Em certas condições, aquele que fuma pode atingir estados de "realidade não ordinária", e uma ampliação do campo de sua consciência.

O Tabaco pode ser mascado, aspirado pelo nariz ou bebido em cocção. É consumido puro ou em associação com outras plantas; fumado em charutos e em cachimbo. Nos rituais indígenas, é bastante usado, puro ou em associação com outras plantas fumado em cachimbos bem grandes. Inútil discorrer sobre os malefícios que seu uso traz à humanidade... todos já sabemos isso atualmente. O cachimbo simboliza a harmonia do universo, é um instrumento ritual que permite a pessoa comunicar-se com as forças sobrenaturais, com os espíritos e com todos os seres do céu e da terra.

O Profeta Sioux Alce Negro, deu as chaves da magia ritual do cachimbo sagrado entre os índios da planície; as quatro fitas que pendem do tubo do cachimbo representam as quatro direções do universo. Enquanto a pena de águia representa a unidade do conjunto e o zênite, rumo ao qual o espírito dos homens deve ascender, como a fumaça azul sobe ao céu, ou como a águia ganha as alturas.

O ato de fumar o cachimbo permite uma comunicação privilegiada com o céu e a terra, e todos os seres vivos, seus filhos, "tenham eles pés ou raízes". Ele instaura um elo sagrado entre os que o realizam em comum.