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sábado, 17 de outubro de 2009

O lado Escuro do Eden - Kenneth Grant

A ÁRVORE da Vida é uma chave para os poderes ocultos tanto em um sentido místico quanto em um sentido mágico. Numerosos livros têm sido escritos sobre as Dez Sephiroth e os Vinte e Dois Caminhos desenvolvidos pela consciência humana em sua tentativa de compreender poderes macro cósmicos em termos de valores micro cósmicos.

O ocultismo no Ocidente, contudo, tem sido dominado por interpretações que levam em consideração apenas o aspecto positivo deste grande símbolo. O outro lado, o lado negativo ou oposto da Árvore tem sido mantido fora de vista e diligentemente ignorado. Porém não existe dia sem noite, e o próprio Ser não pode existir sem referência ao Não-Ser do qual ele é a inevitável manifestação.
Quaisquer alusões à este aspecto da Árvore e seus ramos tem sido colocadas num plano mais abrangente sob títulos desdenhosos ou relacionadas ao reino infernal das Qliphoth, o mundo das conchas ou sombras que não é nenhum outro além do nosso mundo tal como o conhecemos, sem a luz transformadora da consciência mágica.

Uma completa iniciação mágica não é possível sem uma compreensão dos assim chamados caminhos qlifóticos que são, na prática, tão reais quanto a sombra de qualquer objeto iluminado pelo sol. Em outras palavras, os caminhos bem iluminados de Horus, os caminhos que o homem projetou para para conectar as zonas de poder cósmicas (Sephiroth) com sua própria consciência, tem suas contrapartes nos Túneis de Set, uma teia escura ou rede noturna de caminhos, cuja verdadeira existência é negada ou ignorada por aqueles que são incapazes de perceber a total verdade da Árvore e sua validade para aqueles que escalariam mesmo seus ramos mais baixos.

A mente é iludida com promessas de ‘consciência cósmica’ e os sentidos são induzidos ao sono ou são enfeitiçados pela constante reiteração de que se abrirmos nossas asas e voarmos nós alcançaremos os ramos mais altos no espaço de um único tempo de vida. Contudo aqueles que realmente falam com tanta desenvoltura sobre iluminação, e que varrem de lado com aparente facilidade os lados opostos das zonas de poder com as quais eles ostentam familiaridade, eles realmente acreditam que apenas um lado existe ? É fútil e falso imaginar uma moeda com apenas um lado.

É apenas depois de dominar o mundo das sombras dentro de si mesmo na forma de arqui-demônios, ódio, luxúria, e orgulho, que o homem pode realmente reivindicar a ser o Senhor das Rodas ou Discos Brilhantes.

domingo, 11 de outubro de 2009

A obra de Raul Seixas

Estive lendo um artigo de uma antiga revista, que tratava de analisar a obra de Raul Seixas a luz da magia.

Em `73 a Sociedade Alternativa foi fundada por Raul Seixas, Paulo Coelho , Adalgisa Halada e Salomé Nadine. No entanto, existe uma parte oculta deste trabalho que até hoje permanece completamente nebulosa para o grande público. Esta parte oculta é a relação da dupla Raul Seixas e Paulo Coelho com Ordens Iniciáticas às quais eles pertenciam e vinculavam a direção do movimento.

Sabemos que as obras de Crowley , principalmente o Livro da Lei influenciaram o trabalho de Raul.

O fato é que Paulo coelho declarou que diveras músicas que fez em parceiria com Raul Seixas, nos anos 70 seriam parte de um trabalho de Magia Negra.

"...Não posso ter medo. O medo faz a coisa voltar.
Tentou controlar-se, foi até a pia e lavou o rosto. Sentiu-se melhor, a
sensação parecia ter acabado. Colocou o tênis e procurou esquecer tudo.
Brincou com a idéia de contar ao parceiro que entrara num transe,
tivera contato com os demônios.

E foi só pensar nisso que a vertigem voltou - mais forte.
"Volto logo", dizia o bilhete, e ela não chegava!
"Nunca tive resultados concretos no plano astral."
Nunca tinha visto nada.

Nem anjos nem demônios nem espíritos dos mortos.
A Besta escreveu em seu diário que materializava coisas, mas era mentira,
a Besta não tinha chegado lá, ele sabia disso. A Besta tinha fracassado.
Ele gostava das suas idéias porque eram idéias rebeldes, chiques, das quais
poucas pessoas haviam escutado falar. E as pessoas sempre respeitam mais aquele
que diz coisas que ninguém entende.

Do resto - Hare Krishna, Meninos de Deus, Igreja de Satã, Maharishi do
resto todo mundo participava. A Besta - a Besta só para os eleitos!
"A lei do forte", dizia um texto dela. A Besta estava na capa do
Sargent Pepper's, um dos mais conhecidos discos dos Beatles - e quase ninguém sabia.

Talvez nem os Beatles soubessem o que estavam fazendo quando colocaram aquela fotografia lá..."

Toninho Buda descreve em seu artigo:

Para mim Raul Seixas nunca foi um místico, apesar de existir uma parte mística profundamente revolucionária em sua obra. Na verdade, essa parte mística representa apenas cerca de 10% (dez por cento)de suas músicas e entre elas eu incluiria "Que Luz é Essa?", "Ê meu Pai", "NUIT", “Ave Maria da Rua", “As Profecias", "Gita", "Love is Magick" (6) e poucas outras. No entanto, estas poucas músicas trazem um conteúdo completamente novo em tudo o que se conhecia até então em matéria de misticismo pois ela contém a "Lei de Thélema", da qual falaremos adiante. Assim como um católico vai à missa e não é um sacerdote, Raul Seixas falou também de misticismo, mas não era um "místico". Ao invés de um místico creio que ele era antes de tudo um icnoclasta, irreverente, anarquista e agnóstico (todas essas "qualidades bastante incompatíveis com o padrão dos místicos que podemos encontrar militando na face do planeta).
No entanto, o pouco que ele falou sobre o assunto causou um burburinho tremendo para o resto dos tempos!

Faze o que tu queres, há de ser tudo da Lei

domingo, 4 de outubro de 2009

Phil Hine - Necronomicon

Os Grandes Antigos, coletivamente, podem ser melhores descritos como uma
superfície fractal que está continuamente perturbando e mudando. Se você
observar uma forma fractal , você vai dicernir claramente formas e
corpos os quais surgem de sua superfície. A relação dos Antigos como
entidades e sua existência geral, é similar aquela das formas em
paisagens fractal. Seus corpos, formas e identidades emergem de nossa
interação com elas de qualquer ponto escolhido. Nós poderíamos bem dizer
que esta superfície fractal é o "Caos Natural" por esta para sempre
emboscar nas margens de nossa superfície experiência linear artificial
do mundo, e os Antigos, como conhecemos, tem um link direto nos Mitos
com tempestades, terremotos e outros fenômenos naturais.

Em locais selvagens, aonde a natureza do Caos é mais aparente que as regras
sociais, a presença dos Grande Antigos podeser percebida. Isto era bem
aprecciado pelos Gregos Anciões, por exemplo, os quais designavam tais
fronteiras espaciais como sagradas para os deuses selvagens os quais
poderiam tão bem trazer a visita de terror e transfiguração sobre
aqueles os quais se perdessem neles. Similarmente, a presença dos
Antigos pode ser sentida dentro de si, quando alguém entra em estados
apropriados de consciência para caminhar dentro de seus planos

sábado, 3 de outubro de 2009

O Necronomicon

Os Antigos foram, são e serão.

Das estrelas obscuras vieram até onde o Homem teria nascido, invisíveis e repugnantes. Desceram sobre a Terra primitiva.

Sob os oceanos permaneceram em latência durante as eras, até que os mares se retiraram. Reproduziram-se rapidamente depois e nesta multidão começaram a reinar sobre a Terra.

Sobre os pólos gelados edificaram poderosas cidades e nas alturas os templos daqueles que a natureza não reconhece e os deuses amaldiçoaram.

E sua descendência invadiu a terra e seus filhos sofreram durante era. Construíram com suas mãos os colmados (shantaks) de Leng; e as entidades aterradora que permaneciam nas abododas primitivas de Zin os reconheciam como seus deuses. Engendraram Ha-Ga e as Entidades Lúgubres que reinam sobre a noite. O Grande Cthulhu é seu irmão, os shaggoths hirsutos, seus escravos. Os Dholes prestam-lhes homenagem ã noite no vale d Pnoth e Gugs entoa-lhes suas loas sob os cimos da antiga Throk. Caminharam no meio das estrelas e percorreram a terra. A cidade de Irem no grande deserto conheceu-os; Leng viu-os passar no Deserto Gelado e cidadela sem idade construída sobre as alturas coroadas pleas nuven sde Kadath. O desconhecido traz sua marca.

Os Antigos avidademente oprimiram os caminhos das trevas e suas blasfêmias inundaram a terra, a criação inteira inclinou-se diante de sua potência e reconheceu sua perversidade. E os deuses mais antigos abriram os olhos e constatram-se as abominações daqueles que assolavam aa Terra. Em sua coléra, voltaram-se contra os Antigos, que permaneceram em sua injustiça, e os expulsaram da Terra para o vazio dos espaços onde reina o caos e que não abrigam qualquer forma. E os deuses mais antigos apuseram seu emblema sobre o Grande Pórtico e os Antigos foram impotentes contra sua potência.

Então, o apavorante Cthulhu surgiu das profundezas e enfureceu-se contra os Guardiões da Terra. Eles atacaram suas garras venenosas por meio de poderosas imprecações e o encerraram na cidad de R'lyeh ondem oculto sob as onds, dormirá e sonhará com a morte até o fim dos tempos.

E atrás desse Pórtico vivem autalmente os Antigos, não em espaços conhecidos pelos homens, mas os espaços que os separam. Vagueiam além das esferas celestes e esperam, sempre, o momento do retorno. Pois a Terra conheceu-os e os conhece sempre. Esstes Antigos tem Azoth como seu senhor, louco informe, e permanecem com ele na caverna negra situada no centro infinito. É ali que ele devora vorazmente, num caos total, em meio ao rufar demente de tambores ocultos, o som dissonante de hórridas flautas e o uivar incessante de deuses cegos e idiotas que subsistem e gesticulam sem objetivo pela eternidade. A alma de Azoht se encontra em Yog-Sothoth e assinalará aos Antigos quando as estrelas indicarem que chegou o mnomento do retorno. Pois yog-Sothoth é o Pórtico pelo qual passarão aqueles que povoam o vazio quando retornarem.

Yog-Sothoth conhece os meandros do tempo, pois o Tempo é Um para ele. Sabe onde os Antigos provêm, em tempos recuados; sabe de onde sairão quando o ciclo recomeçar.
Depois do dia vem a noite. O tempo dos homens passará e o Antigos retornarão de onde vieram. Saber-se-á, então que nada mais eram que impureza e, malditos, terão conspurgado a terra.