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domingo, 11 de outubro de 2009

A obra de Raul Seixas

Estive lendo um artigo de uma antiga revista, que tratava de analisar a obra de Raul Seixas a luz da magia.

Em `73 a Sociedade Alternativa foi fundada por Raul Seixas, Paulo Coelho , Adalgisa Halada e Salomé Nadine. No entanto, existe uma parte oculta deste trabalho que até hoje permanece completamente nebulosa para o grande público. Esta parte oculta é a relação da dupla Raul Seixas e Paulo Coelho com Ordens Iniciáticas às quais eles pertenciam e vinculavam a direção do movimento.

Sabemos que as obras de Crowley , principalmente o Livro da Lei influenciaram o trabalho de Raul.

O fato é que Paulo coelho declarou que diveras músicas que fez em parceiria com Raul Seixas, nos anos 70 seriam parte de um trabalho de Magia Negra.

"...Não posso ter medo. O medo faz a coisa voltar.
Tentou controlar-se, foi até a pia e lavou o rosto. Sentiu-se melhor, a
sensação parecia ter acabado. Colocou o tênis e procurou esquecer tudo.
Brincou com a idéia de contar ao parceiro que entrara num transe,
tivera contato com os demônios.

E foi só pensar nisso que a vertigem voltou - mais forte.
"Volto logo", dizia o bilhete, e ela não chegava!
"Nunca tive resultados concretos no plano astral."
Nunca tinha visto nada.

Nem anjos nem demônios nem espíritos dos mortos.
A Besta escreveu em seu diário que materializava coisas, mas era mentira,
a Besta não tinha chegado lá, ele sabia disso. A Besta tinha fracassado.
Ele gostava das suas idéias porque eram idéias rebeldes, chiques, das quais
poucas pessoas haviam escutado falar. E as pessoas sempre respeitam mais aquele
que diz coisas que ninguém entende.

Do resto - Hare Krishna, Meninos de Deus, Igreja de Satã, Maharishi do
resto todo mundo participava. A Besta - a Besta só para os eleitos!
"A lei do forte", dizia um texto dela. A Besta estava na capa do
Sargent Pepper's, um dos mais conhecidos discos dos Beatles - e quase ninguém sabia.

Talvez nem os Beatles soubessem o que estavam fazendo quando colocaram aquela fotografia lá..."

Toninho Buda descreve em seu artigo:

Para mim Raul Seixas nunca foi um místico, apesar de existir uma parte mística profundamente revolucionária em sua obra. Na verdade, essa parte mística representa apenas cerca de 10% (dez por cento)de suas músicas e entre elas eu incluiria "Que Luz é Essa?", "Ê meu Pai", "NUIT", “Ave Maria da Rua", “As Profecias", "Gita", "Love is Magick" (6) e poucas outras. No entanto, estas poucas músicas trazem um conteúdo completamente novo em tudo o que se conhecia até então em matéria de misticismo pois ela contém a "Lei de Thélema", da qual falaremos adiante. Assim como um católico vai à missa e não é um sacerdote, Raul Seixas falou também de misticismo, mas não era um "místico". Ao invés de um místico creio que ele era antes de tudo um icnoclasta, irreverente, anarquista e agnóstico (todas essas "qualidades bastante incompatíveis com o padrão dos místicos que podemos encontrar militando na face do planeta).
No entanto, o pouco que ele falou sobre o assunto causou um burburinho tremendo para o resto dos tempos!

Faze o que tu queres, há de ser tudo da Lei

2 comentários:

Anônimo disse...

Hail! REcomendo a leitura do livro "A paixao segundo RAul sEixas- de Toninho Buda" um livro super interessante que infezlimente não caiu no gosto dos thelemitas/fãs de Rauls abs.!

Anônimo disse...

Discordo que uma pequena parcela da obra de Raulzito seja mística. Raul não é bem compreendido, sobretudo por seus fãs. Quem disse isso, certamente não entendeu a letra de "Lua Cheia", "Água Viva", "Judas", "Eu nasci ...", "metrô linha 743(sob certa leitura)" etc, etc. Mas isso é praticamente geral. E é bom que seja assim, pois dessa forma fica provado que não é preciso ostentar um "segredo", como muitas Ordens o fazem, para preservar algo como oculto.
"Eles só vão entender o que eu falei ..."