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sexta-feira, 16 de maio de 2008

Tranta, Muito Sexo e Demônios - Parte III

Semana 3

“Só falta mais uma semana e acho que descobri por que eu não dou o primeiro passo no sexo com mais freqüência: isso tem funcionado como uma espécie de moeda de troca entre S. e eu. Quando ele compra alguma coisa para o jantar (sem que eu peça) ou toma a iniciativa de consertar o vazamento da banheira, eu o recompenso com meus chamegos. Quando ele fica mal-humorado só porque alguma comida estragou na geladeira (uma implicância dele) ou quando diz que eu só consigo agir quando crio um estado de emergência (algo que o irrita profundamente), eu o castigo negando meus favores sexuais. O sexo acaba virando um padrão de medida para saber como estamos nos entendendo.

No entanto, desde o início do nosso experimento, nossa vida romântica deixou de ser tão co-dependente da doméstica. Comecei a pensar em um mundo noturno secreto, afastado das nossas preocupações mesquinhas e mundanas, onde nossos eus mais profundos podem se conectar. Claro que eu não consigo eliminar de vez a mágoa de receber uma crítica ou a irritação quando ele se esquece de comprar café, mas agora existe outra narrativa mais atraente para desviar a minha atenção: aquela que estamos escrevendo juntos na cama.

Pela primeira vez na história dos meus relacionamentos, estou fazendo o que os autores de auto-ajuda aconselham para agitar a vida sexual. S. e eu estamos brincando de assumir personagens. Uma vez, S. começou a falar com o mesmo sotaque latino do funcionário de uma empresa de mudança que contratamos, e o ritmo cantado da fala nos causou uma excitação inexplicável. Como a mistura de machismo e de paternalismo desse personagem traz uma noção de ‘você vai sentir prazer, mocinha, quer queira, quer não’, esse sotaque se transformou em um atalho para o tesão. Esses papéis não são necessariamente novos para nós. O diferente é fazer com que esses desejos se tornem explícitos de maneira consciente.”

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